Pole dance
Por Maria Clara Kramer
No Dia Internacional da Dança, 29 de abril, um grupo de artistas apresentou no DF, em vagões do metrô exclusivos para mulheres e mistos, coreografias de Pole Dance com cunho de promover reflexão sobre questões de gênero e protestar contra o machismo.
O Pole dance é uma prática que trabalha todo o corpo, com o uso de uma barra de metal polido, exercita os músculos de forma dinâmica com acrobacias e saltos, ampliando a mobilidade do praticante. Um dos grandes benefícios da prática é que o corpo inteiro é fortalecido de uma vez só, com destaque para os músculos dos braços e do abdômen. O pole dance proporciona, ainda, a queima rápida de calorias, aumento da flexibilidade e elevação da autoestima.

Este esporte surgiu na Índia, exige força e flexibilidade e, como consequência, o praticante tonifica os músculos e modela o corpo. Ligado à música e aos movimentos corporais, a atividade física é estigmatizada como erótica e de prática exclusivamente feminina por empregar gestos de balé e danças contemporâneas. Porém, há tremenda inclusão para homens e pessoas de todas as idades. Dessa forma, o esporte propicia a quebra de preconceitos e estigmas de ser uma modalidade somente feminina.
Além disso, esporte promove melhoras no funcionamento físico e mental do corpo do praticante, como aumento da flexibilidade, queima de calorias, fortalecimento muscular e aperfeiçoamento do equilíbrio. Já mentalmente, o atleta melhora a qualidade do sono e aumenta a autoestima com a superação de novos desafios ao longo das aulas, gerando conquistas pessoais e descoberta de qualidades. Muitas vezes associado a uma prática sensualizada, o Pole dance é reconhecido como esporte oficial em vários países e pode até aparecer nas Olimpíadas no Japão em 2020. Porém, no Brasil, o esporte não obteve seu reconhecimento pelo Superior Tribunal de Justiça. Segundo a corte, para ministrar aulas da atividade, classificada apenas como dança, não é necessário um profissional de Educação Física.