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Revolução voltou à moda: a luta pelos direitos trabalhistas na Europa

Entenda os protestos que estão acontecendo na França, Inglaterra e Alemanha.

Bruna Miranda e Gabriella Cecílio

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De 100 em 100 anos, os fantasmas revolucionários franceses voltam para assombrar o país, o intrigante é que desta vez eles trouxeram os Alemães e os Ingleses. A França foi o berço da revolução mais impactante do mundo, a qual trouxe os ideais iluministas que são utilizados na política mundial até hoje, como, por exemplo, o conceito dos três poderes. Porém, parece que o país vem sofrendo o que seria uma “Segunda Revolução Francesa”.

 

Ao redor de toda Europa, crises vêm tomando conta de diversos países, principalmente dos aliados a união europeia. Mas, afinal, como, por que e quando começaram as tão polêmicas manifestações? Como isso impacta o preço do seu pãozinho de sal com manteiga?

 

Inicialmente, no contexto da França (que está sendo destacada pelo seu histórico), tem-se datado que as manifestações começaram em 16 de março de 2023, e tinham como objetivo protestar contra a reforma previdenciária que o atual presidente da França, Emmanuel Macron, decidiu impor sobre o país, sem o consenso do Congresso. A reforma consiste em mudar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos de idade. A revolta dos cidadãos com a decisão de Macron resultou em greves diversas ao redor do país, e segundo relatos dos moradores, há lixo por toda cidade de Paris. É importante ressaltar que não é de hoje que o esse governo vem desagradando a população, como, por exemplo, em sua atitude de aumentar 40% nos gastos militares na guerra entre Ucrânia e Rússia.

 

“E os outros países constituintes da Europa? Por que estão em crise também?” Segundo o site World Socialist Web, os países aliados da OTAN e que fazem parte da União Europeia, ajudaram tanto a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia que perderem tanques, aeronaves de caça, mísseis e outras armas. Além disso, a Rússia é uma grande fornecedora de Gás Natural, combustível responsável pelo aquecimento nas casas durante o inverno e pelo fornecimento de fertilizantes necessários para cerca de 15% da agropecuária mundial. 

 

Com as antigas demandas da população para com o governo, a guerra e as sanções econômicas dos membros da OTAN em cima da Rússia, a Europa foi aos poucos não dando conta de atender a demanda do seu povo, causando várias crises. Porém, é importante ressaltar que o conflito entre os dois países não foi o começo de tudo, ele só ressaltou a incapacidade do governo de cumprir seu papel. Ou seja, paz e compreensão não é algo esperado de uma nação que está passando frio, fome e está exposta a ataques.

 

Agora citando mais especificamente, podemos começar pela Alemanha. Lá, a inflação está só aumentando juntamente às paralisações. O protesto mais recente foi a maior greve dos últimos anos, paralisando ônibus, trens e aviões, o que exerceu grande impacto no transporte dentro e para fora do país. As reivindicações do Sindicato dos Ferroviários (EVG) e do Sindicato Do Setor Público Alemão (Verdi) são aumentos salariais de no mínimo 10,5% para os trabalhadores. Eles já estão na terceira tentativa de reajuste, tendo suas outras duas negadas. A população do país também é contra o projeto do governo de aumento de verba de armamentos militares para ajudar a Ucrânia com a guerra.

Na Inglaterra, funcionários públicos de diversas vertentes fazem greve há mais de sete meses consecutivos também pelo corte de verba salarial. Desde o começo da guerra, a inflação no território foi às alturas juntamente com impostos, juros e taxações. A situação causou indignação na população, que acusou o ex-primeiro-ministro Boris Johnson de ser incapacitado de resolver a crise, sendo deposto do cargo. Sua sucessora, Liz Truss, após assumir e sofrer grande pressão do Estado e da população, além da desintegração de suas políticas, tornou-se a primeira-ministra mais rápida a renunciar, exercendo o cargo por apenas 44 dias. Rishi Sunak, candidato que perdeu para Truss, tomou frente como primeiro-ministro e continua até hoje com a função, apesar de não ter sido capaz de conter totalmente a indignação do povo e os altos juros.

Na Turquia, além do aumento no custo de vida que se agrava desde a Crise de 2018, foram mais de 100 tipos de greves diferentes, pois houve um terremoto que deixou mais de 20 mil vítimas, as quais o governo não tomou nenhuma medida de ajuda e as deixou a “beira da sorte”. Hoje, a inflação do país beira a marca de 80%. Ainda há as consequências da pandemia do COVID-19, a qual causou um embate econômico tamanho que fez com que muitos países não se recuperassem economicamente como deveriam. 

 

É correto dizer que as revoltas europeias impactam o mundo no comércio de importação e exportação e afetam países americanos, principalmente os Estados Unidos. A tendência desse tipo de acontecimento é aumentar, em razão do  acesso “livre” a informações globais atualmente. 

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