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De onde vem as borboletas no estômago?

Por Larissa Gontijo

Acha que está apaixonado? Acredita que está sozinho nos “perrengues” amorosos?

Do sertanejo ao rock, e de poesia à ciência, o ser humano tenta por via metafóricas e experimentos explicar o significado da paixão e do amor em suas vidas, provocando no ouvinte empatia e compreensão. Dentre essas tentativas, encontra-se a música: “paixão não é amor”, da dupla Jorge e Matheus, que agrega a essas palavras, o significado- respectivamente- de rio e mar e a música o artista Ari: “ A droga do amor”- um pop que mostra o beijo e a paixão como uma droga.

 

Porém, não foi só os artistas que buscaram compreender esses fenômenos. Ou seja, a ciência entrou também na causa, de forma prática, explicando os sintomas no corpo e sua relação direta com a saúde. O Neurocientista Pedro Calabres descreveu o cérebro apaixonado como uma espécie de estado hiper motivacional de demência temporária, pois afeta o córtex pré-frontal, provocando péssimas decisões, com duração média de alguns meses a mais ou menos dois anos. Além disso, com grandes características de obsessão e compulsão. As características citadas por ele são a maior argumentação para a defesa de que a paixão age no corpo como uma droga - quem diria que o Ari estaria certo mais que metaforicamente falando? - já que, mexe com seu cérebro a níveis hormonais, por exemplo, ocitocina, hormônio do amor e a dopamina, o hormônio do prazer; por isso, as borboletas no estômago, euforia e o pensar nele(a) o tempo todo.

 

Se caso esse sentimento não for recíproco, as áreas do cérebro atingidas são as mesmas, causando as mesmas dependências hormonais e consequentemente emocionais, só que nesse caso, acompanhadas de uma abstinência. Ou seja, se está passando por isso, você não é trouxa, e, sim, dependente químico, em um processo de aceitação e libertação.

Após esse período de demência compulsória, os níveis hormonais abaixam provocando um fim na paixão, que pode ou interromper o ciclo ou originar o amor, o qual possui mais estabilidade corporal e

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os defeitos são mais visíveis por não terem a venda da paixão.

Por isso, o sentimento provocador das borboletas no estômago pode ser tanto um veneno quanto um remédio para a saúde, uma vez que os fenômenos físicos e químicos desencadeadores podem tanto proteger ou prejudicar o organismo. Essa relatividade tem relação com situações vividas anteriormente, como problemas familiares, no colégio, autoestima e dificuldade em lidar com emoções. Então esses sentimentos devem ser autoanalisados, ficando a responsabilidade para você, caro leitor apaixonado, de perceber se esse fenômeno está sendo positivo e, caso contrário, contar com amigos e se lembrar de que não está sozinho.

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