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Economia e suas principais teorias

Descubra como foi o processo de formação dessa ciência e quais são os pensamentos que a constituem.

Por Susanna Andrade Fernandes Bezerra – Águas Claras

A Economia é, contrariando o pensamento de muitos, uma ciência social que estuda sobre as necessidades humanas ilimitadas e sua associação aos recursos produtivos escassos. Com esse ponto de partida, são estabelecidos os problemas econômicos fundamentais: o que, quanto , como e para quem produzir. Assim, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo (FEA USP) afirma: “Economia é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida.”.

Foi na Grécia Antiga que o pensamento econômico surgiu, os filósofos Platão e Aristóteles iniciaram a descrição das problemáticas envolvendo o comércio e as riquezas do período. Contudo, mesmo após as ideias mercantilistas desenvolvidas na Idade Média, foi somente com a publicação de “ A Riqueza das Nações”, teoria escrita pelo pai da economia moderna Adam Smith, que essa ciência passou a ser visualizada mundialmente (nível Macroeconômico) e com um aspecto político liberal. A obra defendia a não intervenção do Estado, o qual seria responsável pela manutenção da segurança pública e garantia da propriedade privada.

Nesse contexto, é válido saber um pouco acerca das principais Escolas da Economia.

Escola Clássica

Linha do pensamento econômico fundada por Adam Smith, mas da qual também participaram David Ricardo, Thomas Malthus e John Stuart Mill. De forma geral, discutiam sobre a produtividade da mão de obra, análise que formulou as bases para a Teoria Valor-Trabalho, como o livre mercado, mão invisível (mercado sofrendo autorregulação) e divisão do trabalho.

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Escola Marxista

Teve como seu principal pensador Karl Marx, opositor da Escola Clássica. Em “ O Capital “, declarava o capitalismo como sistema explorador, instável e gerador de desigualdades sociais. Dessa forma, pregava a intervenção estatal (Estado detentor dos meios de produção), o fim da sociedade privada e a busca de um modelo socialista na formação de uma nova sociedade.

Escola Neoclássica ou Ortodoxa

Idealizada por Leon Walras, Willian Stanley Jevons, John Ricardo Hicks, George Stigler e Alfred Marshall. Volta com o livre mercado, entretanto, deixava de lado a interpretação de que o valor das mercadorias seria dado pelo número de horas de trabalho precisas para sua produção (Teoria Valor-Trabalho), passando a relacionar o preço dos produtos com sua utilidade para os consumidores (Teoria Valor-Utilidade).

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Escola Keynesiana

Escola formulada por John Maynard Keynes em 1936 na obra “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”. Foi sintetizada no período da Grande Depressão, o qual teve como ponto de partida a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Houve, desse modo, acentuada crítica ao capitalismo, propagando a intervenção do governo principalmente em momentos de crise.

Escola Monetarista

Considera importante controlar a oferta de moeda na economia. Em suma, a política monetária com a elevação das taxas de juros induziria uma recessão, o acesso à moeda seria dificultado , a inflação controlada e haveria uma recuperação da economia. Um de seus maiores disseminadores foi Milton Friedman no início da década de 1970.

Escola Austríaca

Iniciada por Carl Menger e Ludwig Von Mises com a publicação de "Princípio da Economia Política”. É uma escola defensora do livre mercado e que condena o controle de preços. Diferencia-se por ter foco na praxiologia ( estudo da ação humana). Logo, o valor da mercadoria reflete sua utilidade marginal (quantitativa), não dando tanto destaque aos custos de sua produção.

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